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Caridade

Onde mora a felicidade?
Talvez em um palácio,
No alto de uma montanha.
Isolada de todas as pessoas.
E enquanto a admiramos de longe,
Ela apenas nos sorri as vezes.
Acho até que é por caridade!

Enfim Paz

Não consegui dormir direito
E nem sei dizer o porquê
Talvez seja ainda o efeito
Daquilo que não posso responder

Na verdade nem é mais necessário
Agora que tudo enfim se foi
A dúvida deu lugar a outro cenário
Há uma trégua entre nós dois

Sem cobranças e julgamentos
A dor nem existe mais
Não precisamos de argumentos
Enfim estabeleceu-se a paz

Ideias

Na minha cabeça as ideias passam

Umas correm, outras andam bem devagar

Devagar sem chegar a lugar algum

Elas apenas ficam querendo enlouquecer

Ás vezes até conseguem fazer

Em outras sou mais forte

A verdade é que não há como correr

Preciso de um tempo para não pensar

E quem sabe isso bastará

Propriedade

Existem momentos únicos.
Aqueles que ficam guardados,
Como segredos incontáveis.
Algo que é só nosso,
Que tem apenas um dono.
E que não necessita de outros.
Até porque nem há como dividi-los.
Pois para os demais não fariam sentido.
Só compreende quem os viveu.
Porque somente são felizes os que os presenciaram
E só deixam saudades aos seus protagonistas.

O Bastante

Procurei entre os rostos o teu
Esperava vê-lo mais uma vez
Só que você não apareceu

Ainda é cedo para promessas
E nem quero que as faça
Porque essas viram ameaças

Não espero muito acontecer
Nem quero algo tão intenso
Basta-me ter onde adormecer...

Cinza

Dia totalmente acinzentado
Sem ânimo para fazer ou ser
Meu corpo está parado
Não quero pensar, só esquecer

Dia sem luz é assim
A escuridão vem para dentro
Dentro de você e de mim
E faz de nós seu centro

Aparecem lembranças escondidas
Revivem momentos sem cor
E assim quase desapercebida
Vou me entregando um pouco a dor

A dor dessa ausência que une
Dessa saudade que cisma aparecer
E eu que não sou imune
Deixo-me sempre envolver